Faz 10 anos que o Pearl Jam se
tornou uma banda pela qual tenho profunda admiração e interesse em ouvir sempre
e acompanhar tudo. Desde então tive a oportunidade de acompanhar três
lançamentos de discos de estúdio: Abacate (2006), Backspacer (2009) e Lightning
Bolt (2013). No Abacate e Backspacer me contive até ter o disco em mãos para
ouvir vendo o encarte, as artes e as letras. Mas pro Lightning Bolt não resisti
a pressão de quatro anos sem um disco novo do Pearl Jam e ouvi tudo que vazou.
Logo de cara com Mind Your Manners senti boas vibrações do que poderia ser um
disco muito bom. E de fato, ele é! O Lightning Bolt, pra mim, mostra várias
faces do Pearl Jam, algumas já conhecidas e outras novas. Posso dizer que era
realmente o disco que eu esperava, talvez um pouco mais surpreendente, após ter
ouvido Mind Your Manners. É um disco realmente obscuro e focado na questão da
morte e da fragilidade humana. A
sequência inicial Getaway, Mind Your Manners e My Father’s Son é excepcional. Talvez
tenha sido a melhor escolha para abrir o disco. Sirens em seguida, obra-prima quebrando o
ritmo frenético dessas músicas se mostra bem conveniente. A Lightning Bolt traz
novamente uma mudança pro disco, deixando-o mais rápido e alegre, apesar do
tema tratado na música eu ainda não ter compreendido direito. As músicas
Infallible e Pendulum, junto com Lets The Records Play mostram algo que eu não
esperava do Pearl Jam agora. São o experimentalismo que a banda disse. Muito boas, diferentes e surpreendentes, principalmente a
Pendulum que me remeteu aos tempos do Vs. com Indifference e do Riot Act com
All or None, e até mesmo algo do Pink Floyd. A Let The Records Play com a levada blues misturando elementos da
música atual como Black Keys e Jack White. Swallowed Whole, como analisei na
última semana, com um tema mais voltado a natureza e que me recorda algo do
Backspacer melhorado e com uma pegada do REM.
Como nem tudo são flores, não
posso deixar de lado minha decepção com Sleeping By Myself. No Lost Dogs o
Eddie comenta que Down era uma das músicas favoritas dele pro Riot Act, mas que
deixaram de fora por que ‘uma coisa não é como as outras’. Down é um dos
B-Sides que mais gosto de ouvir, mas concordo com o Eddie e acho que não faria
sentido ela no Riot Act por ser totalmente oposto ao tema do disco que traz
também a questão de mortes e perdas evidentes. Pena que ele não se lembrou
disso com Sleeping By Myself. Achei o arranjo interessante, mas ela está totalmente perdida no disco. Certamente me
agradaria mais ouvir uma música diferente como Of The Earth em sua versão de
estúdio.
Yellow Moon me remete a
sonoridade do Binaural e do Riot Act e sem dúvidas é uma das melhores do disco.
Fascinante. Quando a ouço imagino um pouco mais acelerada e com harmônica
substituindo algum dos solos, o que talvez a deixaria menos previsível. Mesmo
assim, ela fica muito bem junto de Future Days que considero uma obra-prima
apesar de achar que Yellow Moon deveria fechar o disco.
Sinto o Lightning Bolt um disco para se colocar, apagar as luzes do quarto e ouvir de maneira tranquila para encontrar os acordes, compreender a batida e as entrelinhas.
Sinto o Lightning Bolt um disco para se colocar, apagar as luzes do quarto e ouvir de maneira tranquila para encontrar os acordes, compreender a batida e as entrelinhas.
Com relação as artes, mesmo ainda
não tendo recebido o disco, gostaria de comentar que pra um disco com temas um
tanto quanto ‘pesados’ e sérios eu esperava uma arte diferenciada, mais séria e
com menos ilustrações e desenhos como foi o Backspacer. De qualquer forma, isso
apesar de ser essencial não é o todo, sendo que o principal são as músicas. De maneira geral, o Lightning Bolt me agradou
bastante. Creio que faz parte da maioria das bandas se reinventar ao longo do
tempo e se manter atualizado. O Pearl Jam, ao meu ver, consegue sendo um dos
motivos que me faz admirar tanto o trabalho deles e me manter com vontade de
acompanhar a banda.
Muito boa análise.
ResponderExcluirAchei parecido o arranja da Yellow Moon com a Low Light.
Adorei o Album, Infallible não sai da minha cabeça
uma analise bastante interessante e sensata ,tenho a mesma opnião a sua quanto ao álbum . mas de fato gostei de terem trabalhado com algo novo e diferente na questão de reinventar .
ResponderExcluirPerfeito! Eu tenho a mesma opinião sobre o álbum!
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
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ResponderExcluirCONCLUSÃO DO ÁLBUM LIGHNING BOLT 2013 (MINHA HUMILDE OPINIÃO) rs
ResponderExcluirGETAWEY = FODA
MIND YOU MANNERS = FODA, O MAIS ROCK N' ROLL DO CD!
MY FATHER SON = FODA, INSTRUMENTAL DO CARALHO, PQP.
SIRENS = FRACO, COMERCIAL DEMAIS P/ MEU GOSTO.
LIGHNING BOLT = RIFF E SOLO BACANA DE STONE & MIKE , PORÉM FRACO, MUITO POP!
INFALLIBLE = FRAQUÍSSIMO, NADA MAIS A DECLARAR (próxima faixa,rápido, go!!)
PENDULUM = AINDA NÃO TENHO UMA OPINIÃO FORMADA., rsrs
SWALLOWED WHOLE = PIOR MÚSICA DO ÁLBUM
LET RECORDS PLAY = FODA, JEFF CAPRICHOU NO BAIXO
SLEEPING BY MYSELF = 4 ANOS SEM LANÇAR NADA, VAI RELANÇAR ESSA MÚSICA PQ?! (não entendi, música simples! nada grandioso.)
YELLOW MOON = MUITO FODA, SOA ALGO COMO PINK FLOYD!! UMA DAS MELHORES MÚSICAS DO ÁLBUM,
FUTURE DAYS = ESSA BATEU SONO... MÚSICA PRA FAZER CRIANÇA DORMIR
APÓS OUVIR O ÁLBUM 10 VEZES, TIVE ESSA CONCLUSÃO DO ÁLBUM "LIGHNING BOLT 2013" , BUENA LAS NOCHES À TODOS!!
Getawey kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Trolls burros são os melhores kkkkkkkkkkkkkkkkk
ExcluirO nome é lighTning bolt, Bernasno! kkkkkkkkkk
ExcluirConcordo com o Bernardo... Não me agradou o album não
Excluir5 MUSICAS BOAS E 7 RUINS... NOTA 4,5 OU 5,0
ResponderExcluir(FUI GENEROSO NA NOTA FINAL) PUXEI UMA SARDINHA, SÓ PQ SOU FÃ DE PJ MESMO, MELHOR AGUARDAR O PRÓXIMO ÁLBUM DO PJ, LÁ PARA O ANO DE 2020, SE OS CARAS ESTIVEREM JUNTOS (DEUS QUEIRA QUE SIM). CRIEI UMA EXPECTATIVA POSITIVA PARA LIGHNING BOLT, MAS FOI PARA O RALO... NÃO FOI DESSA VEZ!! AVANTE PJ, ( A BANDA AINDA TEM CRÉDITO DE SOBRA E CONFIO NO POTENCIAL DESSES CARAS!!)
"GETAWEY"
ResponderExcluirPerfeito, adorei sua análise Luiz Henrique, bem feita e focado na qualidade das músicas e não apenas sendo saudosista de álbuns passados. Análise realmente feita por quem entende de música.
ResponderExcluirParabéns pelo trabalho.
Cara, a Sleeping by myself ficou excelente, do caralho....que arranjo! Talvez nosso preconceito nos deixou cego, mas ficou ótima e não a vejo perdida de modo algum no álbum. aliás, que álbum, delicioso de ouvir, ecletico, absurdamente perfeito!!!
ResponderExcluirNo Backspacer tem Speed of sound que eu prefiro só voz e violão... ai Sleeping by myself ficou linda nessa versão! Lembro de músicas da carreira solo de Paul McCarteney .
ExcluirChiaram tanto com essa musica, mas ela ficou EXCELENTE com a banda completa.
ExcluirVontade de reunir os amigos num luau e cantarolar...
Pessoal,
ResponderExcluirCompro os álbuns do PJ desde o Vitalogy, e nunca ouço antes de compra. Ainda não ouvi o LB completo pra não perder meu tesão. Mas, pelo que estou lendo aqui não vou me decepcionar como sempre.
Como acompanho abanda há anos, já estou acostumado a me deparar com grandes surpresas, acompanhei as trocas de todos os bateristas, promoções, divulgações diferenciadas e tudo mais.. Tenho diversos recortes das propagandas em revistas do Vitalogy, No Code entre outros, considero minhas relíquias e hoje com a internet tudo mudou, realmente meu sentimento é outro e apenas aconselho a todos ouvirem o disco com cautela, pois, acho que é isso que eles querem, não basta apenas ficar comparando, bom mesmo é curtir o momento atual da banda e quando quisermos algo parecido com o Vs ou Ten a prateleira está lá pra ser explorada.
Ansioso demais pela chegada do álbum!
Parabéns João Marinho, penso o mesmo! Eu confesso que ouvi o cd e ele é perfeito. Melhora a cada nova investida. Tenho certeza que vc vai gostar. Difícil escolher a melhor do álbum, mas infallible é fodástica!
ResponderExcluirPra quem quer acompanhar as letras, esse blog aqui é legal: http://pearljamlightningboltlyrics.blogspot.com.br/
ResponderExcluirNa capa da próxima Rolling Stone tem uma chamada; Pearl Jam's classic album. A revista inglesa Kerrang deu nota máxima!
ResponderExcluirYellow Moon demais! Ao vivo vai ficar excelente!!
ResponderExcluirUma das melhores desde Inside Job
parabens pela analize.. concordo eu quase tudo...
ResponderExcluiranálise**
ResponderExcluirEssa Pendulum é animal também, muito sombria
ResponderExcluirPendulum é a música mais surpreendente do PJ dos últimos anos. O disco todo está mais calmo que o normal, talvez para mostrar a atual circunstância da banda. Poucas músicas mais rápidas. Ao final, tenho a sensação que Eddie é quem manda nessa banda e impõe (com jeitinho) sua vontade. Valeu! Vida longa ao PJ!
ResponderExcluirNo geral o disco é muito bom. Verdade que eu esperava algo mais surpreendente, mas o disco é foda. As três primeiras músicas são impactantes. Sirens é uma balada perfeita. Pendulum é bem nebulosa, caberia perfeitamente no set do Binaural. Os outros destaques ficam por conta das duas canções derradeiras do álbum, que possuem melodias marcantes.
ResponderExcluirSegue meu ranking atualizado de álbuns da banda:
1 - Ten = 10
2 - Vitalogy = 9,9
3 - Yield = 9,6
4 - VS = 9,5
5 - Backspacer 9,3
6 - No Code 9
7 - Lightning Bolt 8,8
8 - Binaural = 8,5
9 - Avocato = 8
10 - Riot Act = 7,5
No geral o disco é muito bom. Verdade que eu esperava algo mais surpreendente, mas o disco é foda. As tríade inicial do álbum é fascinante. Sirens pode até soar James Blunt, mas é uma balada perfeita. Pendulum é bem nebulosa e uma das melhores do CD. Caberia perfeitamente no set do Binaural. Os outros destaques ficam por conta das duas canções derradeiras do álbum, que possuem melodias marcantes.
ExcluirSegue meu ranking de álbuns da banda:
1 - Ten = 10
2 - Vitalogy = 9,9
3 - Yield = 9,6
4 - VS = 9,5
5 - Backspacer 9,3
6 - No Code 9
7 - Lightning Bolt 8,8
8 - Binaural = 8,5
9 - Avocato = 8
10 - Riot Act = 7,5
Esse disco realmente é um dos mais ecléticos que já ouvi dessa banda...só perdendo pro no code e riot act.Até agora a que mais me impressionou foi infallible,pois nunca ouvi algo assim antes vindo dos caras,e esperava mais desse estilo de som...pendulum já me lembra a I'm open do no code com uma atmosfera de of the girl.Quanto à grande decepção que a galera diz ter sido sleeping by myself,não achei tão cabulosa assim,só ficou mal posicionada na setlist do disco.Sobre Of the earth,realmente poderia ter entrado nesse disco,antes da infallible iria ficar ótimo.Não vou dar nota pra esse disco,porque acho isso uma babaquice.Tenho que admitir,foi o melhor da década,considerando que só tem o abacate e o backspacer mesmo....
ResponderExcluirAnalise pontual e muito boa!
ResponderExcluirConfesso que desde quando liberou na apple store para ouvir não consegui tira-lo do repeat ahahahah
Infallible é fascinante, só discordo com Sleeping by myself Cara ficou genial esse arranjo, não há vejo fora do album não.
Estou aguardando ansiosamente para ter a reflexão acima, album em mãos, passando pelo incarte e acompanhando no quarto!
as letras são bastante encapetadas...impossível fazer bem pra alguém uma mensagem dessas...só se a pessoa viver muito mesmo numa lavagem cerebral e não prestar a mínima atenção no q tá sendo dito...é pura desesperança , blasfêmia e ingratidão e principalmente sinistrisse...nem q fosse o melhor som do mundo ..coisa q esses caras não são desde o vs...abram seus olhos e não deixem essa merda invadir sus ouvidos..em splipknot deve ter uma letra tão satânica quanto a da lightning bolt...me dá arrepios...tô fora dessa merda..quero é ser feliz
ResponderExcluirsegue uma resenha q postei no facebook qdo do lançamento de Lightning Bolt
ResponderExcluirPEARL JAM LANÇA ÁLBUM DIRETO PARA O TOPO DAS PARADAS
LIGHTNING BOLT estreou semana passada, dia 14 na Europa e 15 nos EUA, batendo recordes como nos velhos tempos do hype grunge.
O lançamento do novo álbum remete um pouco ao furor causado com o do segundo disco da banda em 1993, o aclamado VS., que ganhou disco de platina já na primeira semana.
LIGHTNING BOLT tem 47 minutos e 12 canções que fazem uma verdadeira viagem no tempo regressiva, indo da faixa de abertura (GETAWAY) de andamento moderno e moderado, ao blues da década de setenta (LET THE RECORDS PLAY). Vai da batida do punk visceral (MIND YOUR MANNERS) aos solos de guitarra pinkfloydianos, na velocidade de um raio de relâmpago, como sugere a faixa-título do disco (LIGHTNING BOLT), mas também se apazigua na calmaria de baladas (SIRENS, YELLOW MOON) aveludadas por órgãos dedilhados pelo próprio produtor do disco, Brendan O’Brien.
A grande boa nova do álbum é o retorno a composições mais alternativas, como se pode constatar nitidamente na faixa PENDULUM, e outras quase-hit como INFALLIBLE e SWALLOWED WHOLE.
Mas a tendência-persistência “baquinho&violão” de Eddie Vedder se manifesta na releitura full-band de SLEEPING BY MYSELF - extraída do segundo álbum solo (Ukelele Songs) do próprio cantor, e retorna no encerramento semiacústico meio-orquestrado de FUTURE DAYS.
Resta saber quando a versão física do produto chegará ao mercado brasileiro.
Marcos Araujo
Então, só tbm participar do Albums Rankling, segue minha lista:-
ResponderExcluir01 - NO CODE
02 - YIELD
03 - BINAURAL
04 - RIOT ACT
05 - TEN
06 - VITALOGY
07 - VS.
08 - LIGHTNING BOLT
09 - PEARL JAM
10 - BACKSPACER